segunda-feira, 21 de abril de 2014

"O mundo como ele não é", de Ivan Pinheiro Machado


Por PEDRO PAULO DE MELLO BETEZ SAE

A exposição "O mundo como ele não é", de Ivan Pinheiro Machado consiste em 28 telas representando cenas cotidianas da cidade de Nova York que, segundo o artista, "é a síntese de todas as cidades". As obras visam destacar os detalhes do cotidiano que o olho não percebe, transformando as paisagens urbanas em arte.





Em um primeiro olhar, as obras de Ivan Pinheiro Machado impressionam pelo seu realismo: parecem belas fotografias urbanas de Nova York. Apesar disso, alguns elementos causam certo estranhamento e nos impedem de acreditar realmente nas obras. Ao analisarmos os detalhes vemos o modo que o artista retrata as cores e a luz, destacando elementos que naturalmente não repararíamos e saturando o que consideramos banal.

À medida em que nos aproximamos, as imagens gradualmente perdem parte de seu realismo, o que nos possibilita ver cada vez mais a técnica do artista. Quanto mais próximas, mais fictícias parecem as imagens. De perto, identificamos que a fonte do nosso
estranhamento é o fato de que as formas nem sempre se assemelham ao real, sendo representadas de maneira distorcida ou "borrada". O realismo inicial não existe de fato na obra. Ele surge devido ao incrível contraste entre luz e sombra, pelas cores saturadas e pela falta de contorno entre as formas
que, à certa distância, nos ilude a acreditar que estamos vendo uma fotografia quando na verdade os elementos citados acima denunciam que as obras não retratam como todos nós vemos a realidade, mas o olhar do próprio artista perante aqueles banais acontecimentos urbanos.

É essa ficção realista (ou seria uma realidade ficcional?) presente na obra de Ivan Pinheiro Machado, que além de pintor é editor da L&PM, o grande diferencial da exposição e o motivo pelo qual vale a pena conferi-la. Abaixo, minha obra favorita (entre as 28 telas, de tamanho 90x60 ou 70x100cm), "Tribeca", em minha opinião a que melhor define os conceitos expressos acima.
"Tribeca" (óleo e acrílico s/ tela, 70 x 100 cm) 


Serviço da exposição:
"O mundo como ele não é", de Ivan Pinheiro Machado
Quanto: Grátis
Quando: de 7/04 a 06/06/2014. 2ª a 6ª feira, das 9 às 19h; sábados, domingos e feriados, das 10 às 17h
Onde: Espaço Cultural Citi (Av. Paulista, 1111 - São Paulo)
Links Relacionados:https://www.citibank.com.br/institucional/espaco_cultural.html#

Pinacoteca ZERO


Audrey Bernini
Exposição ZERO

     



A exposição a qual escolhi ir foi a ZERO, primeira vez exsposta no Brasil com obras de inúmeros artistas que se uniram e formaram a vanguarda em 1950 pós segunda guerra mundial. As obras são a mostra de um pós guerra totalmente inesperado, uma arte totalmente diferente e renovada, com novos temas e inspirações, Piene usa em suas obras a luz, como fonte do conhecimento por exemplo. Os materiais mais expostos na Pinacoteca foram os de madeira, tela, alumínio, papelão, pregos, luzes, espelhos , motores para as obras com movimento, e bastante cores branca e azul. Cada um dos artistas possui uma forma diferente de pensar sobre a vida, e a concepção de um mundo ideal. O ZERO quer dizer “nós estamos vivos e prontos para tudo”. A morte do museu se transorma em festas, utilizando materias simples e causando uma grande experiencia visual. A sensação de olhar para cada obra e ver a libertacao do artista.




A sala dos espelhos é a maior atracao visual na minha opinião  é o centro do acontecimento.





Exposição informações  
"ZERO" celebrando a Temporada da Alemanha no Brasi;l
Local: Pinacoteca do Estado de São Paulo 
Data: 03 de abril até 15 de junho
Endereço: Largo General Osório,66 - Centro
Terca a Domingo das 10h ás 17h30 com permanência até as 18h
Ingresso: R$6,00 e meia estudante
GRÁTIS aos sábados

TIRAGEM LIMITADA





Por MATHEUS MARCHETTI

A exposição "Tiragem Limitada", na Galeria Arte e Edições, traz o trabalho de renomados artistas contemporâneos (a maioria inglêses), como Catherine Yass, Cy Twombly, Eddie Peake, Jake & Dinos Chapman, Richard Serra, Mona Hatoun, Rachel Whiteread, Sarah Morris, e o brasileiro Adriano Costa; tendo como foco edições - ou seja, reproduções oficiais (feitas pelo próprio artista) de suas obras.


Claudia Marchetti, responsável pela organização do evento, já havia trabalhado com edições na exposição "Paper Democracy" em 2004 - especificamente com edições em papel (ou seja, reproduzidas por meio de fotografia, print, gravura, etc). O objetivo era atraír atenção para a gravura como um modo democrático de circular a arte.

Em "Tiragem Limitada", essa idéia se expande: por que a edição deve se limitar apenas ao papel?
Nos trabalhos dos nove artistas mencionados acima, vemos a gravura trascendendo suas mídias tradicionais, aparecendo (além do papel) em edições nos mais diversos tipos de materiais (esculturas, por exemplo), mas sempre mantendo sua qualidade democrática.

Adriano Costa, por exemplo, expõe a instalação "O Jogo dos 7 Bobos", cujo material bruto é o bronze e o concreto. Já o escultor Richard Serra, que trabalha principalmente com ferro, substitui o papel ao criar gravuras em metal. Rachel Whiteread faz esculturas de gesso com base em utensílios domésticos.


Outros artistas trabalham com base em obras pré-existentes. Jake & Dinos Chapman fazem gravuras em metal das imagens que ilustram o livro "Bedtime Tales for Sleepless Nights", que dialoga com o universo sombrio de Goya; enquanto Catherine Yass trabalha com base no clássico do cinema mudo "Safety Last", apropriando-se dos seus fotogramas.

Cy Twombly se apropria da documentação cientifica. São dez gravuras compostas de colagens com intervenções de crayon.


A libanesa Mona Hatoum se inspira na fragilidade corpo e da vida humana, e em tapeçarias mulçumanas ao criar um tapete de silicone no formato de um intestino.

Eddie Peake, o mais jovem entre os artistas expostos, mescla as barreiras de arte e moda ao criar uma série de lenços pintados indiviudalmente, que podem ser usados como acessórios.


Uma exposição inusitada, que busca uma reflexão sobre os materiais usados para se reproduzir arte, e a própria noção de reprodutibilidade na arte.

Onde:
Galeria Arte e Edições
Rua Estados Unidos, 1162 - Jardim América

Quando:
De 19/03 a 24/05
Segunda à sexta, das 10h às 17h

NATURAL E MANUAL de Camille Kachani

(Por Valéria Allessandrini)

Na exposição "Natural e Manual", Camille explora a natureza a partir de objetos de madeira utilizados no cotidiano. "Os cabos são alongados como se estivessem vivos, crescendo nos próprios objetos espontaneamente e sem esforço", disse o curador Cauê Alves.


Os objetos são explorados poeticamente, afastando-os do seu funcionamento usual; Enxadas, tesouras, facas, escovas de cabelo, puxadores, tudo agora faz parte de uma mesma escultura, uma harmonia é criada entre utensílios que, no dia-a-dia, não dialogam entre si. Há ainda algo de tátil nas esculturas, uma vez que os instrumentos são feitos em tamanho real, isto é, para a escala do corpo humano, de nossas mãos; desta forma, é possível sentir uma certa sensibilidade ao observar as obras.


No trabalho de Camille é possível perceber uma autorreflexão da própria escultura, pois esta é constituída de materiais utilizados normalmente no ateliê, referindo-se, até mesmo, ao processo de construção da obra.


De acordo com o curador da exposição Cauê Alves, "A natureza se revela artificial e o material transformado, a madeira, natural."

Nas obras de Camille, o mais impressionante é como ela é capaz de nos causar uma reflexão, pois da madeira transformada nascem folhas, o que, anteriormente, já funcionava desta forma, é uma volta da obra-prima da escultura. Foi esta sensibilidade presente nas obras que me levou a visitar a exposição.

Camille Kachani é um artista nascido em Beirute, no Líbano. Atualmente, mora e trabalha em São Paulo, e tem se destacado na arte contemporânea brasileira por suas obras tridimensionais.

Serviço
Quando: De 16 de abril a 10 de maio de 2014, segunda a sexta das 10h às 19h, sábado das 11h às 17h.
Onde: Zipper Galeria - Rua Estados Unidos, 1494
Quanto: Grátis
Links relacionados: http://www.zippergaleria.com.br/pt/#artists/camille-kachani/



segunda-feira, 14 de abril de 2014

Exposição Ayrton Senna 20 anos


Audrey Bernini
LRM


A exposição que visitei foi no Shopping Villa Lobos sobre o legendário corredor da Fórmula 1 Ayrton Senna. A amostra continha capacetes que fizeram parte da sua história nas imagens abaixo, assim como e seu macacão usado nas corridas, e o centro das atenções o carro Lotus que foi o qual dirigiu em 1985 quando conquistou a primeira corrida da Fórmula 1 no grupo GP de Portugal. Foi com esse mesmo carro que conquistou suas primeiras vitórias ao longo das três temporadas de 1985 a 1987.
É a primeira vez que o carro esta sendo exibido gratuitamente, de meia em meia hora no shopping , ao abrir as portas toca a mesma música quando ganhava as suas corridas e mostrava com tanto gosto de prazer a bandeira do Brasil.  A inauguração da exposição foi no dia 21 de marco que corresponde a data do seu aniversário de 54 anos, fazem 20 anos que o tricampeão mundial da Formula 1 marcou seu legado, e todos os anos beneficia mais de 2 milhões de crianças e jovens com o seu plano de educação de qualidade.
Quando contei pra minha mãe sobre a exposição, meu pai se emocionou ao ver as fotos que tirei do carro, e me contaram como foi em casa a forma como o meu pai reagiu, em 1994 no momento em que o Senna bateu meu pai falava "Levanta Senna, levanta"e ele não reagiu. Como um ídolo brasileiro é uma honra poder fazer parte de um passado tão marcante e poder ouvir isso do meu pai com tanta emoção. Minha mãe acrescentou dizendo que quando estava no transito da marginal e o carro em que levava o caixão do Senna passou , TODOS OS CARROS pararam em respeito, mesmo os que estavam na ponte da Bandeiras. É com muito orgulho que digo que Ayrton Senna fez história não somente nas pistas mas na vida de todos aqueles que acompanharam a sua carreira e todas as entidades que ajudou enquanto vivo e sua família continuou seu legado.


Museu da Diversidade - República


            (Por Isabela Melchor)                                                 

Na tentativa de achar algo mais urbano e acessível na cidade de São Paulo encontrei o museu da diversidade e adorei sua temática, que busca a aceitação de todas as diferenças, pretende torna-las comuns, normais, e não apenas mascaradas por um falso politicamente correto. Esta exposição se localiza na estação de trem da República, e está disponível para qualquer um que queira se inserir por alguns instantes nessa temática encantadora.
                               
A exposição que fui apresentava o tema moda e diversidade, e era composta por aproximadamente 30 fotos de 50 centímetros mais ou menos com essa temática delicada e super carregada de conceitos que instigam a reflexão.  O curador é Paulo Borges e se refere a editoriais da revista MAG!.                                                                                         
A proposta do museu é estimular a compreensão da diversidade e o que mais me agradou foi a disponibilidade de receber qualquer um que esteja disposto a refletir por um momento a questão intrínseca ao museu. Re-inaugurado após as comemorações do mês do orgulho LGBT o museu se apresenta como um espaço social que estimula a discussão, fato que no passado não seria minimamente possível.
As fotografias são profundas e muito belas, e apresentam como um convite a apreciar o amor entre dois indivíduos, sejam eles do mesmo sexo, de sexos opostos, etc. A raiz sempre é a diversidade.
                                  
Minha experiência foi encantadora, pois as fotos mostram uma delicadeza e um cuidado lindo. Apresentam os temas com orgulho, colocam os papeis iguais, e excluem mesmo que por alguns instantes o véu do preconceito enraizado na sociedade.




Museu da Diversidade - Centro Cultural, Memória e Estudos da Diversidade Sexual do Estado de São Paulo
Endereço: Rua do Arouche, 24 - República - São Paulo –SP – Estação República do Metro
Telefone: (11) 2627 8078 – Entrada Franca- De 29 de Novembro de 2013 até Abril de 2014


Galeria Bia Doria




                                         Publicado por Carla Menezes

A GALERIA BIA DORIA existe há quatro anos e representa a diversidade, o vigor e a qualidade da arte contemporânea brasileira e internacional. Com dois salões expositivos, tem disponibilidade para abrigar as obras e o acervo da artista.



Há 25 anos a artista Bia Doria trabalha a criatividade e se dedica a pesquisas de formas, e desde 2007 dedica-se inteiramente ao aprendizado e a elaboração na área da escultura. Bia tem como principal estímulo para suas composições, a necessidade de concretizar suas intuições, a partir do contato com os elementos da natureza.
Bia Doria, assim como o polonês Frans Krajcberg trabalha com madeira descartada: raízes, troncos de árvores, cipós e nódulos. Segundo a artista, o material é um dos mais difícies de ser trabalhado, pois requer cuidados especiais desde a sua higienização até sua preservação. Além disso, utiliza pedras, granito e mármore, sempre extraídos de restos de uso industrial. Os resíduos de floresta de manejo utilizados por Bia, são extraídos das áreas que tem autorização pelos Órgãos Ambientais responsáveis pelo manejo florestal.



A  convivência de Bia com o escultor polonês radicado no Brasil, que se destacou e teve projeção internacional na década de 70 com seu trabalho em madeira calcinada, consolidou-a nesse caminho em direção a uma arte atenta á necessidade de evolução do homem.
A artista plástica que se comunica através da arte, vê esta em si mesma sem limites para criar e imaginar. Sua vida simplificada, sem exageros ajudou-a a percorrer os caminhos da sustentabilidade tornando-a reconhecida como grande profissional a partir de 2002 e, através dos grandes críticos da área sua arte foi projetada.
Mãe de três filhos e ser humano preocupada com o futuro do planeta e com o futuro da humanidade, procura focar seu dia-a-dia trabalhando e produzindo algo que com o passar do tempo transcenda a paixão. 



Suas obras mais famosas são as esculturas em madeira chamadas de Bailarina da Natureza. Obras feitas com material raízes de destocamento, com dimensões de: 3,90 x 1,20m/  2,00 x 0,70m
A filha da mata, natural de Santa Catarina, acompanha a pulsação da madeira e faz do seu olhar uma ferramenta de luz e um prolongamento dos sentimentos. Com suas mãos calendoscópicas, fez da inspiração, do trabalho, do simples e inusitado, e do exemplo da natureza, sua razão de vida. 

A Galeria Bia Doria fica na: 

Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1802 - Jardim América

Horário de Funcionamento: Segunda à sexta-feira, das 10h às 18h, 
e sábado, das 10h às 14h 
Entrada franca.