segunda-feira, 24 de março de 2014

David Bowie

David Bowie

                                                        (por Thaís Costacurta Moraes)

 Criada no Victoria and Albert Museum,em Londres ,a exposição David Bowie tem como proposta colocar o espectador dentro do processo criativo de Bowie,mostrando artistas e movimentos que o influenciaram e peças visuais que acompanharam sua música.
                                                   Fachada do MIS

 A exposição não segue uma ordem cronológica,logo ao entrar o visitante recebe fones de ouvido que são essenciais durante a trajetória,já que o ¨som¨muda conforme a área expositiva.

 Os cenários foram criados pelo arquiteto Marko Brajovic,em sua terceira colaboração  com o MIS.Um dos ambientes criados é um ¨mirante¨ onde o visitante fica admirando um caleidoscópio ao som de ¨Starman¨,um dos hits de Bowie durante a fase ¨Ziggy Stardust¨.Mas o ambiente que mais me agradou foi a sala redonda onde são projetados cenas de shows e videoclipes que te dão a sensação de estar assistindo ao vivo à uma performance de Bowie.


 O acervo da exposição também inclui figurinos usados por Bowie em shows e Photoshoots,entre eles o famoso macacão feito de vinil,as botas de plataforma vermelhas  e a roupa de pierrô usada no clipe de ¨Ashes to Ashes¨.Partituras e rascunhos também fazem parte do inventário(como fã me emocionei ao ver os rascunhos de  ¨heroes¨ e ¨rebel rebel¨).



O trabalho de Bowie como ator também não foi esquecido, trechos de sua performance em ¨O Labirinto¨ e sua participação na peça ¨O Homen Elefante¨ foram exibidos em telões.
Mesmo quem não é fã de Bowie deve dar uma conferida na exposição,pois não há como negar a sua influência no mundo da música.


Exposição :

31 de janeiro à 20 de abril de 2014.

terças a sextas, das 12h às 21h; sábados, das 11h às 23h; domingos e feriados, das 11 às 20h

Local:MIS(Museu de Imagem e Som)

Bilheteria: à venda a partir de 31 de janeiro na recepção do MIS R$ 10(inteira) e R$ 5 (meia). Às terças-feiras a entrada no MIS é gratuita

Daniel Arsham: "Arqueologia do Presente"

Por Natalia de Camargo Andrade Grecco




Nascido em 1980, o norte-americano Daniel Arsham é um artista de muitos talentos. Através de seu conhecimento arquitetônico, trabalha com esculturas, pinturas, instalações, set design e até performances de dança.


Em torno de 3 anos atrás, o diretor da Baró Galeria, Adriano Casanova, foi em uma das exposições de Arsham em Paris. Impressionado com, como ele prórpio disse, "o peso de seu trabalho, que tem pesquisa muito forte", acabou indo visitar seu ateliê, em Nova Iorque. A partir daí, surgiu a ideia de trazer o jovem artista para o Brasil.
Como o norte-americano não é tão conhecido na América do Sul, foi-se sugerido que trouxesse várias de suas obras que já fossem de sucesso, e não apenas aquelas inéditas. A proposta também incluiu que as criações dialogassem com a arquitetura da galeria e da própria história brasileira.

Baró Galeria.

Com esculturas feitas de vários materiais, como gesso e cacos de vidro, o que realmente marca o espectador é a utilização de cinzas vulcânicas. Acredito que a maior parte das pessoas, assim como eu, nunca tiveram a oportunidade (e nunca terão) de conhecer um vulcão, o que faz com que a exposição contenha um diferencial extremamente exótico e curioso.



O propósito do uso desse material é de criar a sensação de um arqueólogo do futuro que acabara de encontrar um objeto do século XXI. Acostumados com câmera fotográfica, telefone, computador, carro, temos uma nova percepção de tecnologias já vistas como obsoletas.





Todos os aparelhos apresentados na exposição foram comprados por Arsham através do site eBay, mostrando a preocupação de transmitir a sensação de aparatos que realmente poderiam ser encontrados por futuras gerações, caso o mundo que conhecemos hoje acabasse.



É estranho ver objetos tão presentes em nossa realidade "deteriorados", já isso implica que em breve também entraremos para história, e que nossas conquistas se tornarão meros artefatos para estudos.

Como o próprio artista diz, "Seja bem-vindo ao futuro."





Baró Galeria
Rua Barra Funda, 216Barra Funda - Oeste -
(011) 3666-6489
www.barogaleria.com
- Acesso para deficiente
- Wi-fi
De 07/03/2014 até 29/03/2014







sábado, 22 de março de 2014

FOOD: Reflexões sobre a Mãe Terra, Agricultura e Nutrição

Por: Kamilla Pereira de Aguiar




O SESC Pinheiros está desde o dia 20 de Fevereiro com a exposição "FOOD: Reflexões sobre a Mãe Terra, Agricultura e Nutrição" em seu segundo andar, reunindo obras que vão desde videos e instalações à  fotografias, esculturas e pinturas de 16 artista, incluindo as obras dos brasileiros Lenora de Barros, Ernesto Neto, Eduardo Srur e da ítalo-brasileira Anna Maria Maiolino. A exposição tem como foco principal a relação entre o homem e a comida.


Ernesto Neto -  Variation on Color Seed Space Time Love (Variação sobre Cor Espaço Tempo Grãos Amor), 2009

Anna Maria Maiolino - Entrevidas, 1981 - 2014



Apesar do tema único das obras, cada artista trás a mesa o debate sobre as mais diversas questões que rodeiam esse mundo alimentício, como a má distribuição de alimentos, o consumo exagerado e preservação da natureza, dando uma nova perspectiva a cada um deles. 


Martand Khosla - 21 articles [21 artigos], 2011 - 2014
Mircea Cantor - Stranieri [Estrangeiros], 2011

Miralda | Foodcultura - Vanitas, 2002 - 2014

Uma das obras mais impactantes é a da sérvia Marina Abramovic que come uma cebola crua por vinte minutos, com casca e tudo. Sua expressão de desespero cresce conforme a cada mordida, se contrapondo à monotonia de seu discurso depressivo que acompanha as imagens.

Marina Abramovic - The Onion [A cebola], 1995

Essa é a segunda edição da exposição que se dirige em outubro para a França. Uma das ideias é poder readaptá-la à cada país que passe. Aqui no Brasil ela permanece até o dia 04 de maio deste ano.

INFORMAÇÕES

LOCAL: Rua Paes Leme, 195 - Pinheiros - Oeste - São Paulo - SP; próximo à Estação Faria Lima (Metrô – Linha 4 Amarela)


HORÁRIO: De Terça à Sexta das 10:30 às 21:30 / Sábados e Domingos das 10:30 às 18:30

DURAÇÃO: De 20 de Fevereiro à 04 de Maio


PREÇO: Gratuito


MAIS INFORMAÇÕES:  

Pelo sitehttp://www.sescsp.org.br/sesc
Pelo telefone - (11) 3095-9400
Pelo email - email@pinheiros.sescsp.org.br

segunda-feira, 17 de março de 2014

Arte no Brasil: uma história do Modernismo na Pinacoteca de São Paulo

Por Natália Silva Urasaki
























A exposição Arte no Brasil: uma história do Modernismo na Pinacoteca de São Paulo possui como centro a arte produzida no Brasil na primeira metade do século XX. Instalada no segundo andar da Estação Pinacoteca, a mostra reúne 50 obras, entre pinturas e esculturas de grandes e reconhecidos artistas que marcaram esse período como Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Di Cavalcanti, Cândido Portinari, Alfredo Volpi, Ismael Nery, Cícero Dias, Ernesto de Fiori, entre tantos outros.

Enfoca 3 momentos da história da arte brasileira: as contribuições a questões formuladas no passado e as renovações formais empreendidas pela primeira geração de modernistas; a retomada das tradições da pintura e por último obras que assimilam as influências iniciais do abstracionismo e as tendências geométricas.

Com curadoria de Regina Teixeira de Barros a mostra que é composta por obras do acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo e da Fundação José e Paulina Nemirovsky. 

“O modernismo, um movimento de grande inovação formal, deu continuidade à busca por uma identidade brasileira, que já despontava no século 19”, Regina Teixeira de Barros

Tarsila do Amaral - Antropofagia, 1929


Tarsila do Amaral - Carnaval em Madureira, 1924

Ismael Nery - Dois Irmãos, 1927
Lasar Segall - Bananal, 1927

Di Cavalcanti - Bordel, 1930
Di Cavalcanti - Mulher com chapéu Panamá, 1940

Cândido Portinari - Família, 1935

Cícero Dias - Mamoeiro ou dançarino, 1946

Ernesto de Fiori - Retrato de mulher, 1943

Alfredo Volpi - Fachada, 1954 

Alfredo Volpi - Fachada IV, 1960




Informações
Local: Estação Pinacoteca - Largo General Osório, 66 - Tel. 11 3335 4990

Horário: Terça a domingo das 10h às 17h30 com permanência até às 18h

Duração: De 19/10/2013 a 27/12/2015.
Preço: Ingresso combinado (Pinacoteca e Estação Pinacoteca): R$ 6,00 e R$ 3,00 
Grátis às quintas e aos fins de semana. Estudantes com carteirinha pagam  meia entrada. 
Crianças com até 10 anos e idosos maiores de 60 anos não pagam.

DEUSES E MADONAS - A ARTE DO SAGRADO

por: Giovanna Cassiolatto



A exposição "Deuses e Madonas - A arte do sagrado" está exposta no Museu de Arte de São Paulo (MASP), onde apresenta o universo do sagrado na cultura ocidental através de 40 obras, do acervo do próprio museu, as pinturas e algumas esculturas de símbolos sagrados da Igreja, representam a relação entre arte e o sagrado, com obras realizadas no século XIV ao XXI. 



Jacopo Tintoretto (chamado Jacopo Robusti) Lamentação sobre o Cristo Morto (ou Pietà) - 1560-1565


Fica evidente a transformação da expressão utilizada para o divino, que começou como tema único e absoluto da arte, até a democratização de estilos e temas que resultaram nas diferentes escolas artísticas. Com obras de Botticelli, El Greco e Delacroix, a exposição retrata as divindades monoteístas e a pluralidade da mitologia grega, sendo assim a exposição tem grande foco na religião, acredito que por isso, quando vi os quadros tive a impressão que eles se expressam de maneira forte e um pouco dramática também pelo fato dos tons escuros e sombrios do ambiente e das próprias obras.



Francisco de Zurbarán Aparição do Menino Jesus a Santo Antônio de Pádua - 1627-1630


Pompeo Batoni 
A Virgem Amamentando o Menino - 1760 - 1780


A exposição é composta por artistas de épocas bem distintas e mesmo assim demonstram certa tranquilidade e inocência da própria arte divina, que contradiz a sociedade plural dos tempos modernos.


Hans Memling - Lamentação da virgem, São João e as Pias Mulheres da Galiléia - 1485-1490


Informações:

Quando? Desde 15 de outubro de 2010 (sem previsão de encerramento)De terça a domingo: das 10h às 18h 
*Bilheteria aberta até 17h30
Quinta-feira: das 10h às 20h 

*Bilheteria até 19h30

Onde? 2º andar do MASP, Galeria Georges Wildenstein 
Avenida Paulista, 1578 - São Paulo - SP

Quanto? Inteira - R$ 15,00 
Meia Entrada - R$ 6,00
*Levar documento 

Contato?   3812-2780

Mais Informações?  Site

Passagens por Paris - Arte Moderna na Capital do Século XX

Por Laura Aun Gregorin 






















O MASP, expõe desde o dia 7 de Dezembro de 2013 a coleção “Passagens por Paris”.  Com obras de seu próprio acervo, o museu visa recriar a sensação de estar na Paris dos grandes mestres, com galerias comerciais que levavam de uma rua à outra – como a galeria que se encontra no final da rua Barão de Capanema e desemboca na Rua Augusta, no bairro Cerqueira Cesar. A coletânea engloba expoentes do cenário artístico francês, porém não se limita aos nacionais, incluindo na experiência obras do espanhol Pablo Picasso, como também de Van Gogh. Em sua composição as obras relatam a evolução das escolas artísticas francesas, levando o visitante através de uma viagem pelos clássicos como a Bailarina de Degas, a Dançarina de Toulouse-Lautrec (artista que iconizou a fada verde – la fée vert –, absinto bebido pelos boêmios da época), entre outros.

A curadoria visa reunir diversos artistas renomados baixo o mesmo estilo artístico, aproximando pintores globais e suas interpretações individuais. Infelizmente, a exposição parece limitar a pluralidade que ditos artistas representaram, expondo apenas obras renomadas e pouco transgressoras. Outrora, a exposição parece ter como objetivo apagar a individualidade dos compositores para assim por em evidência a influência semelhante que a Cidade da Luz, Paris, teve em ditos cujos. Assim, o espaço recria a aura que a cidade carrega, ao invés de focar nos artistas que fizeram com que ela se tornasse a fortaleza cultural que hoje conhecemos.

Pierre Auguste Renoir - Retrato da Condessa de Pourtales, 1877

Henri de Toulouse Lautrec - A Dançarina Loie Fuller vista dos bastidores, A Roda, 1893

Edgar Degas - Bailarina de 14 anos, 1881 

Vincent Van Gogh - O Escolar (o filho do carteiro - Gamin Au Kepi), 1888


Informações da Exposição:

Endereço: MASP, Avenida Paulista, 1578 - São Paulo - SP

Horários:  De terça a domingo: das 10h às 18h (bilheteria aberta até 17h30)
Quinta-feira: das 10h às 20h (bilheteria até 19h30). 

Desde: 7 de Dezembro de 2013, sem previsão de encerramento. 

Preços: R$ 15,00 (inteira) ou R$ 6,00 (meia). 

Site: http://masp.art.br/masp2010/index.php